terça-feira, dezembro 19, 2006

Educar para a sustentabilidade 3


Mauritânia Lino de Oliveira é bióloga e educadora.






Aluna: Mauritânia Lino de Oliveira
Bloco Temático 4 – Educar para a sustentabilidadeTema 2 – Conhecendo a emergência da EA Atividade 3
Tutora: Marilia Teresinha de Souza Machado
Coordenador do Curso: Samuel Brauer Nascimento
Brasília, 19 de dezembro de 2006.

“Fundamentalmente, a solução dos problemas ambientais está na Educação”. – Partindo desta afirmação, construa o cenário brasileiro atual no qual está contemplada a Educação Ambiental.

Para falar em Educação Ambiental, necessariamente devemos falar de atitudes, de cultura, de qualidade de vida, de respeito, de ética, de cidadania, de sociedade, de natureza, de recursos naturais, de água, de energia, de ar, de terra, enfim, poderíamos continuar por um bom tempo listando a abrangência do assunto Educação Ambiental[...]

A idéia da Educação Ambiental surgiu como a ampliação do conceito de meio ambiente que inclui as interdependências de ambiente humano com o meio natural. A evolução do conceito de Educação Ambiental fundamenta-se nos conceito pré-estabelecido pelo Programa Internacional de Educação Ambiental, formulados em Belgrado, em 1975, os quais foram aprofundados e consolidados na Conferência de Tbilisi(URSS), em 1977.

Desde então, inúmeros congressos, seminários e encontros ocorreram, destacando-se a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, que culminou com a elaboração da Agenda 21, documento que reúne propostas de ação e estratégias para implementa-la promovendo a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentado com vistas ao século 21.

A trajetória da Educação Ambiental, no mundo e no Brasil, remonta esforços que se desdobram desde a década de 1960. Naquela época, o mundo refletia sobre o futuro do planeta e da civilização, na medida em que, os prejuízos causados pela emissão das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki (1945) durante a Segunda Guerra Mundial, acarretaram debates, reflexões e muita polêmica. Iniciaram-se então debates abrangentes sobre o tema.

A primeira medida em função desta ampla discussão, foi dada pela fundação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 14 de maio de 1948; e obviamente, os primeiros debates se deram em função da paz no mundo, no entanto, diversos fatos se sucederiam na história contemporânea que chamariam mais uma vez a atenção de todos, dirigentes políticos, pesquisadores, educadores e população em geral sobre a necessidade de se avaliar a construção de valores éticos sociais visando a sobrevivência da vida no planeta, e em especial, a vida humana.

O avanço da Educação Ambiental no país fez surgir a necessidade de se instrumentalizar politicamente as ações desenvolvidas.Como resultado do esforço governamental, em 27/04/99, foi sancionada a Lei Federal nº9.795 que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental, consoante aos documentos internacionais, Agendas 21 Federal e Estadual, na qual se incluem os cursos regulares de formação de professores de Educação Ambiental.

No ambiente urbano das médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de comunicação é responsável pela educação do indivíduo e conseqüentemente da sociedade, uma vez que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente a todos. A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.

Cada vez mais, sabemos que a solução para os graves problemas ambientais que se apresentam depende de cada um de nós. Somente quando cada um internalizar a necessidade dessa mudança e fizer a sua parte poderemos alcançar as mudanças de percepção em nossas relações com o ambiente e conosco. Ao final de cada dia, ao colocarmos nossa cabeça sobre o travesseiro, devemos ter dado a nossa contribuição individual, efetiva. Reconhece-se ainda predomina um quadro cruel de degradação ambiental, em todo o mundo. Entretanto, as pessoas estão reagindo. É inegável que nos últimos anos a sociedade humana buscou melhorias na sua relação com o ambiente. A temática ambiental difundiu-se, criaram-se políticas específicas e as pessoas estão mais sensibilizadas sobres essas questões. Entretanto, o que se faz ainda é insuficiente para produzir as mudanças de mentalidade que se fazem necessárias.
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Bibliografia:

Projeto de Educação Ambiental Universidade Católica de Brasília – Pró-Reitoria de Extensão (Diretoria de Programas Comunitários)
Educação Ambiental – SEMATEC- Secretaria de Meio Ambiente,Ciência e Tecnologia do DF
GUIMARÃES, Mauro. Educação ambiental pra quê? Texto complementar do Bloco Temático IV, E-book do Curso de Educação Ambiental do SENAC/DF, 2006.
RUSSO, Célia Regina. A Prática da Educação Ambiental na UniABC. Disponível em paginas.terra.com.br/educacao/cepambiental/eauniabc.html.

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